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MARCELO ÍNDIO

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Como nasceu a ONG Skate Solidário?

Nasceu de um ideal, da minha paixão pelo Skate. Estou nesse estilo de vida desde os anos 70. Nesse tempo percebi as diferenças sociais onde uns podem muito e outros nada. Até os anos 90 e tal, quando fazíamos campeonato, só participava quem podia comprar Skate e a gente sabe que um bom Skate custa caro. Ajudei a fundar a primeira associação de Skate do país, em São Bernardo do Campo. Não tenho conhecimento de outra mais antiga com registro. Foi meu primeiro movimento em direção à criação da ONG Skate Solidário.

Porque criar a ONG?

Como disse, venho da prática do Skate desde a década de 70 e a ideia original de fundar a ONG foge de tudo que já existia no Skate. Usar a prática do skateboard como forma de desenvolver cidadania em locais de maior vulnerabilidade social, onde crianças e adolescentes estão em situação de risco extremo. Fui a vários campeonatos e exibições de Skate nas periferias das grandes cidades onde os moradores só participavam assistindo.

Como foi no início?

O início foi de muito estudo, eu precisava de uma metodologia para transferir a experiência de toda minha vida no Skate. O Skate nasceu nas classes sociais mais elevadas. Fiz o inverso, levei e levo o Skate às crianças e adolescentes em abrigos infantis e favelas onde vejo a desigualdade social gritando.

Quais as principais dificuldades encontradas no início,

e hoje, ainda é difícil?

No início, a maior dificuldade era o Skate ser levado a sério, hoje a maior dificuldade é o skate ser sério.

 

Qual foi seu primeiro patrocinador?

No começo eram poucos skatistas que conseguiam patrocínio. Meus apoios vieram de amigos e parceiros nos tempos remotos do Skate Wave Cat (SBC), Cash Box (Silêncio-SBC). Tive um grande, Fábio Fadel Gae, ele ia para os Estados Unidos e trazia materiais de lá. Parceiro com quem fiz os primeiros shapes feitos com resina epóxi no Brasil "Animal Skate".  Lembro quando colocamos adesivos na borda do kanion do bowl durante o intervalo das provas pra fazer fotos, no clube de campo em Guaratinguetá e os organizadores não gostaram da ideia rsrsrsrs. A partir de 1986, já fazendo parte da Associação de Skate de São Bernardo do Campo, na qual fui um dos fundadores, passei a ter contato com lojistas que vez ou outra ajudavam com peças e ou equipamentos. Boton Turn, Wave Wizard foram pioneiros do ramo em São Bernardo.

Qual tua maior vitória e a maior derrota?

A maior vitória é ver um cidadão formado através da ONG Skate Solidário, que é o caso do David, morador da favela Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo. Aquele menino foi um de nossos alunos nas primeiras turmas, quando levei o projeto pra lá através da Lei Paulista de Incentivo ao Esporte. Hoje é um de nossos monitores na quarta edição do projeto Skate Solidário.

Já a maior derrota... Não sei, nunca encarei nada como derrota. Mesmo tendo pessoas atrapalhando, sempre tive isso como aprendizado. Já levei muita porrada, principalmente de quem não faz nada e julga meu trabalho. Minha motivação é meu ideal, desenvolver cidadania através da prática do Skateboard. Transformar a realidade de pessoas que não tinham opção de crescimento.

Ver pessoas felizes num mundo infeliz.

Você cuida de tudo na ONG?

Eu gerencio todos os processos com o apoio de uma equipe enxuta que veste a camisa do Skate Solidário. Somos um time.

 

Como a ONG Skate Solidário sobrevive?

Além das doações diretas da própria diretoria, a ONG Skate Solidário sobrevive de projetos incentivados, parcerias público-privadas. Realizamos oficinas de Skate e fingerboard, sessões de fotos e autógrafos, palestras e workshops, manutenção, locação e vendas de rampas/obstáculos. Temos também loja virtual e física, realizamos bazares... Trabalhamos muito para fazer com que a ONG se torne autossuficiente. Contamos com uma assessoria jurídica que garante a lisura de todos os nossos contratos, o que tráz segurança jurídica para nossos patrocinadores. Patrocinar o Skate Solidário é muito mais que um bom negócio, é uma boa ação.

LAR ESCOLAS E ABRIGOS INFANTIS

• Lar Pequeno Leão

• Associação São Luiz

• Aldeias Infantis SOS Brasil

•  Lar Escola Irmão Alexandre

 

ESCOLAS ESTADUAIS

• EE Professora Cynira Pires dos Santos

• EE Wallace Cockrane Simonsen

• EE Pedra de Carvalho

• EE Francisco Prestes Maia

• EE Dr. Fausto Cardoso

• EE Antonio Nascimento

• EE Professora Anésia Loureiro Gama

• EE Nelson Monteiro Palma

 

ESCOLAS MUNICIPAIS

São Bernardo do Campo

• EMEB Professor Geraldo Hipólito

• EMEB Castro Alves

• EMEB José Ibiapino Franklin

 

SÃO PAULO

•  EMEF Professor Paulo Freire

 

SESCs

• Santo Amaro

• Campo Limpo

• Consolação/Higienópolis

 

SESI

• São Bernardo

• Jundiaí

• Sertãozinho

 

CEUS

Zona Leste

• Parque Veredas

• Vila Curuçá

• Jambeiro

• Aricanduva

• Rosa da China

• São Matheus

• São Rafael

 

Zona Sul

• Paraisópolis

• Meninos

• Alvarenga

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